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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Um texto nada normal.

(Biip)

Acordei, abri os olhos, dormi de novo, acordei.
Com a cara gritando para as paredes que seu dono acabara de acordar, fui no quintal, senti um vento "liso" passar sobre minhas pernas e pensei, pensei… e decidi que sou anormal, a-normal.
Dia desses viajei pra um lugar desconhecido, longe e pela primeira vez! O caminho foi sem acidentes, ar-condicionado a mil, Rio 40º. E então por impulso pensei que sou normal.

E eis que todo um misto de questionamentos de ser ou não ser normal invade o espaço das minhas ideias.
Ser, aliás, ter confusão na cabeça é normal?
É.

E esse é um exemplo clássico do costume de pensar que coisas anormais são normais, normais são a-normais.
Essa transição de normalidades e anormalidades, todo esse mundo de repetições dos sentimentos me motiva a criticar os fatos em seus mais variados ângulos. Posso ver a queda de uma pedra de um jeito e cinco segundos depois eu posso vê-la de outra maneira. Tudo questão de tempo, jeito e raciocínio.
Outra vez, comecei a pensar na 'normalidade' de um cotidiano de um casal através da música do mestre Jay Vaquer. Convenhamos que não é nada normal o moço, ''bom'' esposo e ainda rico trair a mulher-sem-cultura que lê Paulo Coelho por uma aventura no treco de um traveco. Não é nada normal todo esse movimento trabalhista assalariado o qual as pessoas se doam em troca de moeda. 
Mas tanto acontece que se torna normal. E o que é anormal? Anormal... a-normal?
O prefixo que exprime anormalidade na palavra em si está perdendo seu efeito e seu conceito. Isso não é de hoje, fato. Todo esse histórico vem desde ontem quando, na revolução cultural, industrial e não sei o lá o quê, o sr. capitalismo resolveu dar as caras e fazer com que toda a sua ideologia fosse o padrão das sociedades futuristas. Dito e certo!

Normal, tá tudo normal.

Jay Vaquer – Cotidiano de um casal feliz: clip que faz pensar sobre a (a)normalidade em questão.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Escrevi para minhas letras.

Deparei-me o quanto a comunicação é importante para o desenrolar das relações sociais. É um comercial, uma música, uma redação publicitária, uma cartinha de amor, um bilhete pro pai. Tudo depende de muita expressão.
Movido por uma força maior que a minha própria pessoa, comecei a escrever um bilhete para nossas queridas letras, quis pedir diretamente a elas que me ajudassem a demonstrar o quanto eu admirava uma pessoa. Por uns instantes percebi que posso trazer ao nosso real alguns sentimentos e tratá-los como pessoas que exercem sentidos ao se comunicarem. E eu fiz isso: comuniquei-me com as letras através dos sentidos.
Ser original não sei se foi a minha verdadeira intenção, a única coisa que sei é que o “Olá, tudo bem?” não basta e que, de alguma forma, quis combatê-la. É necessário ousar!

E eis o resultado da minha irreverência em direção as nossas queridas letrinhas, encarregando-as de entregar um recado simples a uma pessoa amada, um clichê, porém com verdade:

“Letras, letras queridas, me ajudem a definir algo que descreva essa pessoa que eu tanto gosto, tanto amo. Queria eu não poder usar somente vocês; queria eu ter o dom do desenho, da pintura, o dom da transmissão de sentimento quase que perfeito, mas infelizmente eu não as possuo. Uma vez o abraço cochichou no meu ouvido e disse-me que vocês me ajudariam a ganhar o amor de pessoas como tal, e estou aqui cobrando esse tal amor que em mim já é notório, mas por falta do uso de vocês, o esquecimento ou a falta de carinho entram e roubam a cena do meu pensamento. Sabe o que é? É que eu sinto um bucadin de falta do beijinho e do aperto do abraço dela e me dói pensar o quanto eu posso estar perdendo ao invés de ganhar. Descobri esses dias, por sinal através de vocês mesmas num livro do ginásio da 7ª série, que o Sr. Tempo é o meu maior vilão. Por isso, contra o tempo e contratempos, entregue um bilhete a ela através de suas afilhadas: diga a dona do meu coração que as letras e,u,a,m,o,v,o,c e e quando se unem formam uma bela combinação. E se precisar de selo, a saudade se encarregará de pagar. Grato”

domingo, 8 de março de 2009

A arte de psicoadaptar.


Viver uma sensação que traz muita emoção é um misto de adrenalina, felicidade, sonho... Emoções que movem seu sistema nervoso alertando ao seu corpo que você está passando por um momento "diferente" em sua vida. Passar no vestibular, conseguir aquela promoção, casar, enfim, estes são exemplos de momentos únicos que, na maioria das vezes, a gente nunca esquece né?
Mas e quando essa série de situações começam a acontecer com frequência? Certamente a emoção de casar pela primeira vez será diferente da oitava vez, ser promovido e reconhecido pelo chefe pela primeira vez tem uma novidade mais aguçada do que subir de cargo pela nona vez. Pelo fato de situações assim já terem ocorrido vezes passadas as emoções, por resultado de todos estes exemplos, a intensidade delas começam a diminuir de acordo as coisas vão acontecedo. E sim, acredite se quiser, isso pode se tornar um problema! E problema psicológico ainda.
O nome dessa diminuição de intensidade nos sentimentos, no campo da psicologia, se chama psicoadaptação. Essa psicoadaptação é justamente quando as pessoas se acomodam e não sentem mais prazer em determinadas situações devido ao grande número de situações de conquistas na vida das pessoas, o prazer da conquista acaba se tornando rápido. É através desse recurso que os psicologos explicam o motivo de que dar muitos presentes aos filhos pode ser maléfico, pois eles acabam se acostumando com o excesso de presentes, consumindo cada vez mais e reduzindo a sensação das conquistas!
Lembrando que, todos nós temos presente em nossa vida a psicoadaptação, porém ela em excesso é maléfico às pessoas, é uma das grandes armadilhas das emoções.
Um outro quesito que quero alertar a todos, é quando nos psicoadaptamos a situações do dia-a-dia como ataques terroristas, fracassos profissionais, ansiedades... simplesmente quando isso acontece perdemos a capacidade de reação das coisas. Somos levados, quase que obrigados, a uma outra armadilha e assim tornando mais um expectador das nossas misérias.
Portanto, deixo aqui meu alerta e aconselho se autoavaliar pra saber como anda seu grau de psicoadaptar das coisas.
 

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